Pois é são quatro da manhã, e ainda não consegui dormir.... Acabo de ver uma entrevista com Cora Coralina, gravada no programa Vox Populis de 1983 e acho que foi isso que me tirou o sono.
Nossa existe tanta sensibilidade no mundo, que sinto um pouco de alívio de poder experimentar parte.
Bom esse é só uma curta alucinação matinal deixo vocês com ela:
Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas (Cora Coralina)
domingo, 26 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Bem Vindos!!!
Aluncinações estéticas, é nada mais nada menos que a vontade de um artista de se expressar e fazer com que mais pessoas conheceçam sua opinião. Resolvi escrever esse post de Boas Vindas pra você que resolveu entrar e aproveito para deixar aqui registrado o principal motivo da criação desse Blog.
Sou músico, meu instrumento é a voz, faço parte de um grupo que existe a pelo menos um ano e que pesquisa a linguagem dos musicais brasileiros (Grupo dos dez). Como artista belohorizontino, venho, como tantos outros, tentando tirar do meu ofício o meu sustento, tarefa árdua para quem está começando.
Acabo de lançar de forma mais que independente, sem lei de incentivos ou fundos de cultura, meu primeiro show solo "Aboiando." Show esse em que abordo uma sonoridade pouco conhecida pela maioria das pessoas, os aboios, entoados pelos vaqueiros nordestinos e do norte de minas.
Está sendo uma experiência reveladora, não conceber o show, mas atuar de forma independente.
Depois dessa estréia andei pensando muito sobre a atual situação do artista mineiro, lá vai:
As Leis de incentivo e outros projeto de fomentos públicos vem atuando como um perigoso paliativo no que tange nossas produções, há muitos anos atrás os artistas poderiam lançar shows ou outros resultados de processos artísticos sem medo de terem prejuízos, pois com certeza haveria público PAGANTE, fico pensando o motivo de hoje não podermos contar com a bilheteria para realizar nossa apresentações, consigo claro elencar alguns motivos:
1 - O deserviço da mídia; infelizmente não cumpre o papel de divulgadora, a não ser que você tenha dinheiro para pagar o famigerado jabá. Não há nenhuma programação efetivamente cultural em nossas redes privadas de televisão e rádio. As públicas estão aí, porém sem força para transformar o pensamento da sociedade completamente viciada em lixos transmitidos via satélite. Podemos dizer que as pessoas não querem saber do que tá rolando na música mineira no cinema, artes plásticas, mas o problema de se dizer isso é que estamos ignorando o fato de ninguem (a midia) as apresentou alternativas né..
2 - Os equipamentos culturais com teatros, centro culturais e outros são elitizados demais para comportar a massa, e mesmo os que se encontram em periferia não tem estrutura para divulgar seu eventos e terem ações culturais efetivas na comunidade. Aproximadamente dois anos atrás o grupo do qual fazia parte aprovou no fundo municipal de cultura uma circulção em centros culturais da periferia de Belo Horizonte, não houve mais de 7o pessoas em nossas 4 apresentações.
3 - O artista como eu, operário, não tem lastro para serem patrocianados através de leis de incentivo, as empresas não querem aprovar um desconhecido, querem que suas marcas estejam associadas aos "Renomes", assim que chamam agora os artistas que há anos batalham um lugar ao sol.
4 - Os editais públicos parecem que agora estão se ligando nesse "novos" artistas, porém ainda vejo uma incoerência em alguns, fiquei muito feliz ao saber que um velho amigo meu teve seu projeto aprovado no Edital Pixinguinha Produção, que é destinado a gravação de CD e lançamento de novos nomes da música, e sabe quem ganhou junto com ele? Toninho Horta.. Pois é... Essa é uma discussão delicadíssima, claro que eu acho Toninho Horta merecedor de incentivos públicos tanto quanto os novos, porém temos que criar editais para quem está realmente começando,.. já que não há uma política pública de fomento eficaz na cultura..
Outra bizarrice foi o incentivo Milionário que o governo federal concedeu a equipe de produção do Cirque D'Soley, patrocinado pelo Bradesco.. ai ai
5- E com quem podemos reclamar, a OMB.... isso eu vou discutir no meu próximo post
No mais é isso, espero que vocês opinem sobres meus posts e contribuam para o meu blog..
Beijos a todos
Sou músico, meu instrumento é a voz, faço parte de um grupo que existe a pelo menos um ano e que pesquisa a linguagem dos musicais brasileiros (Grupo dos dez). Como artista belohorizontino, venho, como tantos outros, tentando tirar do meu ofício o meu sustento, tarefa árdua para quem está começando.
Acabo de lançar de forma mais que independente, sem lei de incentivos ou fundos de cultura, meu primeiro show solo "Aboiando." Show esse em que abordo uma sonoridade pouco conhecida pela maioria das pessoas, os aboios, entoados pelos vaqueiros nordestinos e do norte de minas.
Está sendo uma experiência reveladora, não conceber o show, mas atuar de forma independente.
Depois dessa estréia andei pensando muito sobre a atual situação do artista mineiro, lá vai:
As Leis de incentivo e outros projeto de fomentos públicos vem atuando como um perigoso paliativo no que tange nossas produções, há muitos anos atrás os artistas poderiam lançar shows ou outros resultados de processos artísticos sem medo de terem prejuízos, pois com certeza haveria público PAGANTE, fico pensando o motivo de hoje não podermos contar com a bilheteria para realizar nossa apresentações, consigo claro elencar alguns motivos:
1 - O deserviço da mídia; infelizmente não cumpre o papel de divulgadora, a não ser que você tenha dinheiro para pagar o famigerado jabá. Não há nenhuma programação efetivamente cultural em nossas redes privadas de televisão e rádio. As públicas estão aí, porém sem força para transformar o pensamento da sociedade completamente viciada em lixos transmitidos via satélite. Podemos dizer que as pessoas não querem saber do que tá rolando na música mineira no cinema, artes plásticas, mas o problema de se dizer isso é que estamos ignorando o fato de ninguem (a midia) as apresentou alternativas né..
2 - Os equipamentos culturais com teatros, centro culturais e outros são elitizados demais para comportar a massa, e mesmo os que se encontram em periferia não tem estrutura para divulgar seu eventos e terem ações culturais efetivas na comunidade. Aproximadamente dois anos atrás o grupo do qual fazia parte aprovou no fundo municipal de cultura uma circulção em centros culturais da periferia de Belo Horizonte, não houve mais de 7o pessoas em nossas 4 apresentações.
3 - O artista como eu, operário, não tem lastro para serem patrocianados através de leis de incentivo, as empresas não querem aprovar um desconhecido, querem que suas marcas estejam associadas aos "Renomes", assim que chamam agora os artistas que há anos batalham um lugar ao sol.
4 - Os editais públicos parecem que agora estão se ligando nesse "novos" artistas, porém ainda vejo uma incoerência em alguns, fiquei muito feliz ao saber que um velho amigo meu teve seu projeto aprovado no Edital Pixinguinha Produção, que é destinado a gravação de CD e lançamento de novos nomes da música, e sabe quem ganhou junto com ele? Toninho Horta.. Pois é... Essa é uma discussão delicadíssima, claro que eu acho Toninho Horta merecedor de incentivos públicos tanto quanto os novos, porém temos que criar editais para quem está realmente começando,.. já que não há uma política pública de fomento eficaz na cultura..
Outra bizarrice foi o incentivo Milionário que o governo federal concedeu a equipe de produção do Cirque D'Soley, patrocinado pelo Bradesco.. ai ai
5- E com quem podemos reclamar, a OMB.... isso eu vou discutir no meu próximo post
No mais é isso, espero que vocês opinem sobres meus posts e contribuam para o meu blog..
Beijos a todos
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